sábado, 31 de dezembro de 2011

Quando os olhos fecham

Quando os olhos fecham,
a sensação seguinte preocupa.

Quando as pálpebras se juntam,
mostram uma forma de proteção
ao que está por vir.

Tentam impedir o desgosto,
que pode machucar a menina.

Ou então, no caso de uma coisa boa.
Impedem que o tempo corra,
impedem que o brilho e o desejo escorram a face,
antes de atingirem seu coração.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Eu podia ter me Arrependido

Eu podia ter escutado a musica mais uma vez, mas já era tarde e o som estava alto.
Eu podia ter abraçado bem mais forte do que fiz, mas temi que meus braços doessem.
Eu podia ter esquecido a hora, desligado o relógio, mas sempre senti que tinha o tempo certo.
Eu podia ter ficado mais na cama, mas eu tinha medo de sonhar.
Eu podia ter me arrependido menos agora, mas tenho medo de seguir em frente.
Eu podia ter amado por inteiro, mas só tenho metade de mim mesmo.
Eu podia ter te beijado um poco mais, mas me faltou o ar.
Eu podia ter deixado o ônibus ir sem mim, mas será que outro iria passar?
Eu podia ter pintado sua pinta, mas pintei a cara e fui pra festa.
Eu podia ter feito uma cena, mas já estava tão cansada de atuar.
Eu podia ter olhado mais nos olhos, mas pareciam tão comuns os riscos que tinham neles.
Eu podia ter parado tudo e voltado atrás, mas eu ainda não sabia que valia a pena.
Eu podia ter acreditado mais em ti, mas eu sempre me achei certa.
Eu podia ter dito mais eu te amo, mas resolver uma briga era mais importante.
Eu podia terminar a carta, mas não quis escrever mais.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Louca d'Alma

A loucura beira a alma
Piara sobre o edifício de insegurança
Grita o desejo de mais um vez
E o perdão já não tem mais explicação.
Perdeu o valor.

A voz cala, consente.
A respiração, cessa
e o movimento se torna nulo.
A delicadeza impera
pois o grave já ocorreu.
(não vale mais a pena)

Já não adianta correr
não adianta chorar.
Os sons aguçam mais o instinto

Afasto-me. Vejo a cena de fora.
A delicadeza e o corpo ardendo em chamas
Um mix de água e fogo. Sem explicação.
A verdadeira loucura serena, calma, d'alma.
Silenciosa e plena. Que grita por dentro
E para, fica rasa por fora.

Acabou. Vou, vai embora.
A escada parece uma grande jornada
E o degrau tem sabor.
A  rua é liberdade.
Para que voe passarinho, voe.
Encontre o amor.

O que lembra teu nome.
E nunca te conheceu
(não deixou)
O que te quer de volta.
Sem querer ser dono.
Sem querer ser gaiola.





...

A mente humana é a pior arma que existe.
O cérebro atrofia lentamente o resto do corpo.
O tempo coordena o tic-tac do pensamento
Disparam, o gatilho: Boom!
Agora só virou corpo, corpo vazio.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lamento a Lembrança


A impressão é de que tudo foi esquecido.


Comprimido a angústia e magoa
que foram jogadas em um saco
e se misturaram com as flores,
e nós somos (viramos) os espinhos. 

A lembrança é o sopro bom do passado. 
A lembrança é o que da ré em uma relação.
A lembrança é o que nos prende em um passado recente.
A lembrança é o que fica quando a vontade vai.
A lembrança é só lembrança quando parece que não há mais nada a se fazer só.

Só.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um dia...

Me engole
Me camufla
Me satura
Me expressa 
Me acuda
Me entrego a sua euforia
Me deixe ser única na multidão.
Me puxa para o seu centro
Me para quando preciso
Me desfrute, te desfruto
Me estupra a vida

Ahhhhhhhh!

Chora sobre mim a garoa fina
A falta de céu e de lua
Deixa eu ser pequena nos monumentos
Uma formiga na rua
Deixe que o pé doa por explorar você.
Me consome os dias
E não me deixe sonhar a noite.






Vosmecê não me conhece. Eu vim da Serra..."
                     G.Rosa (adaptado)











segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um garoto da praça

Uma praça de ponta a ponta.
No olhar, de longe fixou em mim sua imagem.
O cabelo comprido, um jeito bronco, fechado... só no jeito.
Parecia.
Ver-te equilibrar-se pelo chão, demostrou-me a camuflagem que tem.
Garoto, peralta.
Não consigo detalhar o movimento dos cabelos, os seus, suas mãos,
posso até dizer que em um minuto o meus mundo ia e voltava com o balanço do cabelo.
Por pura insistência, uma ideia de atravessar a praça me saltava os olhos.
Mas o que dizer? Senti vergonha. Logo eu, tão destemida.
Não fui. Olhei um pouco mais de longe. Te contemplava e como. Até eu duvidava.

_Olá. - Um susto, alguém me chamava.
(volta, Ana)

Uma pena depois descobrir que tinha cara de cu.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quando o ato de falar é substituído pelo ato de escrever, parece que são atos diferentes... Se é que me entende.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Liberte-se(me)


Me tapa os olhos e ensurdece os ouvidos.
De onde vem o que eu sinto? Já não me cabe mais.
Irresponsável por isso eu sou.
Liberdade.
Tem asas, pés, cheiro e cor.
- Podemos juntos, até desenhar o céu.
Feito passarinho.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Reencarnação de Afrodite


Nos Tropeços da vida: você.
Algo fascinante que todos deveriam conhecer
Um corpo de leitura indispensável
Um cotidiano de curvas paralelas
Incomum a todos.

És o que procuro,
És de uma riqueza e espontaneidade
Que não me cabe descrever
Me maravilho em ti
Ápice de beleza e feminilidade

Na verdade eu a adoraria
Por longo tempo
Inspira-me,
Como Monalisa inspirou
O apaixonado Da Vinci
Ao pintá-la.

A mulher inatingível,
Inalcançável que não sai
do cristalino dos meus olhos.
Um brilho nato.

Me pego no complexo da existência
Por amar tanto
E torno-me personagem de mim mesmo.

És uma realidade distante da do personagem
E o dia em que nada for
Perco a razão de existir.

Penso que as pessoas a sua volta
Apenas são expectadoras de sua existência
Sem você nada são.
Será que sou algo?

Peço perdão por chegar
onde não quer que eu chegue
mas não evito de pensar
em um dia ser
o legitimado a mostrar-lhe
que os outros
são apenas coadjuvantes.

E a hora passa e não te verei mais
E quando partir tudo se perde pra mim
E pra você, sinto que o meu tudo é muito pouco.


“Há algo que sinto quando olho para o oeste
E meu espírito chora ao partir
Em meus pensamentos tenho visto anéis de fumaça atravessando as árvores
E as vozes daqueles que ficam parados olhando
Isto me faz pensar.”
- Será que ela existe?
Quem será ela?
Uma atriz
Uma poetisa
Uma Deusa
Uma musa

Meu norte, desnorteia – me
Então, compro uma escada para o paraíso
Viro súdito
E me entrego para que guarda-me em seu bolso.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Enquanto o corpo vaza

É tudo o que sinto e o que vejo!
Oh corpo que parece não mais aguentar
quanta raiva encubada, 
desprenda-me de ti.

Minha poesia já não serve.
De mim, não tiram rima. Sofro.
Danço solo no espelho,
no reflexo me contemplo, só.
Me falta opção.

O beijo e o abraço não dado
são vazios, o "tudo bem?" 
depois de dar uns passos
também.

Ai de mim, com tanto a oferecer
encontrei justo você,
que com tanto lugar a preencher
na hora de responder, foi embora.

E dos males o problema.
Qual passa mais rápido?
O que inventa ou o que deveras sente?

Sei lá, resposta de todas as horas
Pensa! (ou tenta) 
Que há de errado em algo funcionar...

Não insisto, não permito (repito)
tento me escutar. 
Se consigo: alívio;
Se desisto: (c) alma.

  Não que eu deva ou queira
mas no final do poema,
vazo, mudo.








quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Daqui quinze anos

E quando a gente se encontrar,
o que será do tempo perdido entre nós?
O perfume, será que voltará a usar?
Sei que a cama estará bagunçada,
e todas as boinas empilhadas,
A roupa suja atrás da porta
e algumas camisetas jogadas no chão.
A toalha molhada pendurada
e o sapato perdido embaixo do colchão.
As folhas de partitura
cobrindo as teclas do teclado
mostrarão que vem musicando a vida...
Acho isso muito bom!

No silêncio de uma tarde quente
estarei eu a observar,
(nem que seja no bolso de trás da calça)
sem querer deixar resquício de mudança
apenas arrumarei sua cama
e descerei as escadas.

R.V.



domingo, 23 de outubro de 2011

Nenis

Com você,
em qualquer lugar do mundo
é impossível não ter sol.
E mesmo que se vá,
e que leve contigo o brilho,
fecho os olhos
e é seu olhar que vem.
Brilho por dentro.
Me banho de ti.
O gosto de chá
e alguns tragos
impera.
Venha, junte
seus versos
aos meus
por que juntos
faremos poesia.

Leonardo Gehring



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

...

Se soubesse, menino.
Da primeira vez
O que senti enquanto lá estava.
Não perderia mais lagrimas a derramar com isso.
Não perderia mais sono a sonhar com isso.
Não perderia mais palavras comigo.
Só não posso te mentir, foi bom.
Não só em um sentido, não só no físico.
Mas nem de perto em pensamento ele estava.
Nem eu ao certo sabia se queria estar ali.

domingo, 16 de outubro de 2011

Nostálgico (não terminado)

(A chuva batendo no vidro da janela, uma xícara de cappuccino na mesa, a fumaça que escorre pela boca e o livro aberto na pagina 67. Típica cena de filme. Clichê.)

Estou com saudade de qualquer frase feita repetida várias vezes.
As que eu nem liguei um dia. As que enjoou.
Sabe aquelas coisas bestas que se faz a dois em dias de chuva? Então. Faz tempo que não é assim.
Durmo um pouco mais a cada dia, quem sabe me faz esquecer.... Mas e a música e a peça?
O barulho do trem. (barulho do trem, pausa longa) E a vida deixada enquanto nele se está. A vida desconhecida do outro.
O trem vai e volta, até que chega em uma estação, que uma voz que não se sabe de onde, diz que chegou a hora de sair. E quase te expulsando do vagão, você saí correndo, se não tem os pés no chão, saí sem direção. Até que por fim, se acha a luz. E é ali que segue. Cidade grande.

(fecha o livro como se terminasse de ler, apaga o cigarro, toma o último gole de cappuccino)

(blackout)



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Oração

Peço que com o passar do tempo, tudo se esclareça, ou apenas fique mais raso.
Que eu compreenda, o que é contemplar de longe.
E perceba, que qualidades não cabem em folhas de bíblia.
Que cada um de nós, tenha consigo um espelho interno, e que reflita, de fato o que sente.
E que lembre sempre o que é e o que pode.
Que eu crie forças para escutar os conselhos alheios e adquirir, os bons.
Que não esparrame mais pedaços pelo caminho.
Que a rija dura não se quebre.
E que a inspiração venha, para não me afogar em palavras perdidas.
E os olhos, jamais fechar.
Agradeço por entender que todo fim é um começo.
E por aceitar o que a vida manda.
Agradeço por ser, o vento que leva pessoas as outras para que mais felizes sejam.
Agradeço por desvencilhar-me de imagens e títulos.
E agradeço além de tudo por ser.
Que seja, e não que finja.



Piscar o Olho

Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim
O tempo foi passando
E o nosso amor saiu do chão
E eu fiquei tão grande
E mastiguei meu coração
Dessa vez não tive medo
Mesmo assim não disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei o que é melhor pra mim
(...)
No meio da euforia
Aquele alguém me protegia
Mas não foi por acaso
Que o encanto se quebrou
O tempo foi gastando
O que não era pra durar
Como se eu soubesse
Não era amor pra todo dia
Dessa vez eu tive medo
Mesmo assim eu disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei que foi melhor assim
(...)
Ás vezes é mais saudável chegar ao fim
Chegar ao fim
Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao fim

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Palavras tortas

Aí, quando eu disse com todas as palavras tortas que amava, apenas pensou que eram só palavras tortas....

O tempo passou, acordar de manhã já não é mais a mesma coisa.
Lembro que o café cheirava logo cedo, forte. Impregnava pela casa o cheiro de pão fresco. Um na cozinha, outro no banheiro. E como bem sabem, eu ficava na cama esperando o café e o beijo de despedida. Ainda não era hora de despertar.
Após a despedida, a casa era toda nossa, só. A tarde toda. Ao som de Maria que toca no radio, hoje, nesse apartamento vazio, lembro de como nos divertíamos. Como era bom dormir sempre por mais cinco minutos com você. Os vários filmes que podíamos assistir em uma tarde. Os livros que liamos juntos. Cigarros. Ah que saudade.
Nunca estava sozinha, apenas das 6h30 ás 7h30 quando um saía e o outro chegava. Era a pior hora do dia, me sentia desamparada.
Preparar o jantar com você, era uma diversão durante a noite. Preferencialmente comida vegetariana. O seu cheiro, que com toda poluição, todo dia de trabalho nessa cidade, ainda permanecia como de manhã. Sentávamos no sofá, com a televisão ligada em qualquer jornal, e ficávamos conversando. Ao som de Raul, fazíamos nossas próprias festas de fim de noite. Era tudo tão bom. Outro cigarro.
Pena que de repente, algo começou a mudar entre nós.
A cada dia que passava, o sentimento de desapego se desapegava mais de nossos corpos.
Tínhamos nos fundido, os três. Eu já não podia deixar de amar.
Não amava menos, nem amava diferente, amava muito, e como, vocês.
Acontece que quanto mais se falava, mais a palavra tomava um rumo diferente.
A situação era estável enquanto não existia amor, quem dera soubesse amar em segredo.
Agora me pego aqui, com sono, a tv ligada em qualquer jornal, Maria no radio, café, cigarro. Em um apartamento só, com a cama sozinha, vaga, duas vagas.
Saudade de vocês.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Que você
esquente
sem pudor
essa cama
vazia.

G. rs
"Não tenho mais um amigo que me supra a necessidade de falar, acabo contando tudo pra todos na tentativa de fazer secar o que eu sinto. Mas não seca.
E acabo me ferrando por isso, acabo confiando nas pessoas erradas e me decepcionando depois. Ou então, em qualquer oportunidade, vejo uma ponta de esperança e vou.
Mas depois, acabo me fodendo de novo, por que nao passava de nada. De alguém que devia virar nada. E entro em desespero, como ontem, que me vejo dando um passo atras nos sentimentos, sendo fraca. Madura de menos.
Resumindo. Em meio a tanta gente. Me sinto sozinha."

Desabafo ao Vitor.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meio Passo Atrás

‎"Hoje eu me permito
Só hoje.
As 3 horas da manhã
por 15 minutos
Me afogar em pranto
para que amanhã
nasça em Fênix."

A.

Relato a Gravidez

Ah... a tanto tempo te esperei
tantas vezes pedia que viesse
que me fizesse adulta, maior.
Sentir-me assim, menina.
Aí, um dia, chegou
tão feliz fiquei, mal cabia em mim,
sabia que seria diferente daqui pra frente.
Imaginei.
Porém, esse dia foi estranho,
era tudo diferente, algo novo em mim
nunca havia sentido essa sensação antes.
Que demora!
Te espero mais um pouco,
até meio assustada com o atraso.
Será?
Não, não pode ser.
Fui até o médico,
mas esse disse que estava tudo bem.
Então, por que a demora?
Hoje, pela manhã, a cor volta em mim,
nos lençóis.
Escorreu entre as minhas pernas... Oh felicidade.
Sangue.

Autora: Aline Pinheiro

"No começo foi estranho, fiquei super mal.
Não entendia por que e como tudo havia acabado.
Me enfiei em um luto, só meu. Nada mais fazia sentido. Senti como se tivesse perdido tudo o que tinha. E que não haveria mais futuro.
Mais com o tempo percebi que me ganhei em te perder. Me redescobri, conheci coisas novas, amadureci.
Hoje não aposto meu futuro em mais ninguém, só vivo agora. Discerni que ninguém é seu tudo a não ser você mesmo."

domingo, 25 de setembro de 2011

‎Se "dar um tempo" é um risco
e o risco é saber que, talvez,
você possa não voltar.
Logo sabendo que existe o risco
no tempo e ainda assim o faço.
Significa que já não me importo tanto.

A.

sábado, 24 de setembro de 2011

Dois

- Tchau.
Mas desse jeito assim?
- É, ué.
Não vai me dar mais nenhum beijo, nenhum abraço?
- Não.
Por que?
- Cansei.
De mim?
- De tudo.
E vai pra onde?
- Não importa.
Não quer mais saber de mim, se estou bem?
- Não. E principalmente não quero que saiba de mim.
Mas e se eu te procurar?
- Fique a vontade.
Mesmo assim não volta?
- Não.
Eu posso mudar.
- Seria ótimo.
Então?
- Então o que?
Ai você volta?
- Volto. E digo que não conseguiu.

Inspiração

Sem inspiração.
Já não é hora de
escrever por técnica
estudo, sem precisar
sentir tanto. Tudo?
Mas como faz alguém
como eu, que sente
e não tem medo?
Sente até a falta
de inspiração para
nisso se inspirar...
E um dia, se o verbo
sentir não for mais meu?
E se sentir for aspirar
inspiração tua?
Será que empresta
um pouco de si?
Para que eu sinta
um pouco de mim - em mim.

Desconserto

Ai menino...
quero-te perto, mas
não tanto mais. Quero-te
longe dos meus sentimentos, que não me
atente mais para angustia da sua espera... não mais.

Já espero não perceber mais as seis horas...
desconfiguração, confusão. Perece
que o sistema entra em pane, e você, meu conserto,
se foi. Mas será que ainda quero que cuide
de mim? Será que ainda consigo entregar essa máquina
a ti?
Ah menino...

Antes do tempo Passar

Eu ainda sinto
e sinto muito.
A volta do anel
no segundo dedo.
O nó, o laço, a corda
do peito. E aperta.

Eu sinto, a falta da
memória do cheiro.
A mão no peito.
O peito nas costas.
As minhas costas.

Eu penso, seu jeito
eu quero seu desejo
Mas qual desejo agora?
O seu, o meu...

E peço que volte
e diga que vá embora.
O simplesmente volte.
Para que eu não espere mais.

...

Se é verdade
que eu quero
ser par em dança?
É.
Mas fique sabendo
que o meu solo
também é muito bom!

Eu quero mais

Eu quero mais...

Eu quero mais grama na roupa, quero mais corpo embaixo do meu.
Eu quero mais, poder fechar os olhos e sentir você, só você.
Eu quero mais, a terra, a água, o ar, eu quero mais fogo.
Eu quero mais tempo, quero mais escolhas.
Eu quero mais confusão em seus braços.
Eu quero outros passos, outros giros, vai e volta.
Eu quero mais desejo guardado.
Eu quero mais a fuga que se faz fugaz.
Eu quero mais manhã sem sol.
Eu quero mais café no fim da tarde.
Eu quero mais esquinas, calçadas, árvores, chão.
Eu quero mais bonito, o dia ao seu lado.

Mas eu quero, além de tudo, não querer mais nada.
Eu quero que venha o que vier, assim como foi até agora.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Agora entendo como era.
Entendo os medos... a confusão.
Por que tê-los.
Pois o inverno cessa.

S. Forciscina

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Saliva Veneno

Ao cruzar lentamente suas pernas,
com manipulado desejo súbito de sedução
um pequeno pedaço branco de pano
ficava sem pretensão a vista do cavalheiro.

As noites em claro, os dias de branco.
Parecia uma das mais dedicadas beatas da cidade.
Parecia.

Vestido branco, sapatilha, coque nos cabelos,
luvas de renda nas mãos, echarpe, cinta liga.
Assim se vestia a moça, pura, puta, mundana.
Perfil de menina, donzela virgem. Olhar singelo,
voz calma, saliva veneno.

Há quem diga ser uma das mais puras;
Há quem fale a verdade,
verdade demais, a mais.

Misteriosa, dos seus segredos mal sabem,
os que sabem ainda desconfiam. Omissos.
Mas quem se importa?
Sua vida há tempos ergue-se torta.

Todos os dias após a missa,
a luxúria é seu pecado capital.
Deita-se a cama com mais de cem,
que ao irem embora, levam no corpo
um cheio de carvalho.

Pobres donas de casa, enganadas por seus maridos
que usavam - como diziam - o orvalho da noite
como forma de inspiração e energia.

Aquela moça, que ninguém sabe ao certo o que ama;
gosta que em beijo, a engulam
gosta que em aperto, a excitem
gosta que em parede, a joguem
e que em sexo, a amem.

Um dia, alguém, há de chegar e dizer:
- Cuidado, pode estrangular-se em sua própria echarpe.


F. Vênus
Olhando as frases antigas
que nem tão antigas são assim
escorre uma gota dos meus olhos
meio que pedindo que volte pra mim.

Sophia Forciscina.
E o tempo?
Esse foi o que passou mais rapido.
Me deixou apenas com a vontade de dizer,
o que não disse por falta de tempo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Meia face

Será você?
Meia face.
E nessa minha mania
de falar demais
pensei:
Por que correr?
O que eu ia fazer?
O que eu ia te dizer?
Que te quero,
e te espero,
todos os dias.
E te gosto,
muito.
Não.
Só iria olhar de longe.
E contemplar-te-ia.
Só.
Com boca só.
Com mão só.
Com corpo só.
Com os olhos só.
Era tudo o que eu queria.

sábado, 17 de setembro de 2011

"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Fernando Sabino.

Hábitos antigos....

Uma vez me disseram
que eras um príncipe.
Estava a esperar...
mas agora, não mais.

Me disseram que
eras certo da vossa
vontade.
Ja não sei...

Do mesmo jeito que
não começou...
Não acabou.
Não há o que acabar.

Mas hoje, uma lágrima
teima em querer cair,
não deixo.
Percebo assim
o quanto cresci.
E me desvencilhei
de hábitos antigos.

Eu não queria nada,
mas agora quero.
Compreendeste?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

...

E quem sabe se a história de amor não é a de vocês.

Desenrola!

Desenrola
menina
da perna
torta.

Desenrola
e deixa
o sangue
escorrer
pelo
tecido
longo e
branco.

Desenrola
boneca
de pano
esquecida
em um canto.

Desenrola
ao som
da orquestra
que chama
os instrumentos
que contemplam
sua dança.

Desenrola
bailarina
delicada
a plateia
já pode
ver
os riscos
em seus
braços.

Desenrola
essa cara
de pranto
aguenta
firme
menina.

Desenrola.
Se não
atrofia.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Para Rosangela Oliveira.

"A doce ingenuidade da menina
com seus cabelos lisos esparramados pelos ombros.
Uma faixa prendia, um tanto desarrumada...
o olhar daquela menina.
Atenta, fico a pensar onde esta sua cabeça com esse olhar?
Um perfil doce, ar de "molecadisse" que se espalha
e atinge, me atingiu.
Alma boa, energia que contagia.
Impossível não perceber a sua presença
mesmo que em um ambiente tão grande."

Ana Luiza

Fernando Pessoa

"Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta."

Quero.

Quero um olhar de longe
que admire o enrolar das
minhas tranças,
e que por um instante
saia de si
entrando em mim.

Quero um olhar perdido
que busque em mim seu encontro,
sem misturar as estações.

Quero seu cansaço e
que descanse em meus ombros...
A qualquer hora.

Quero que se entregue também,
a ingenuidade da menina, doce.
Pois quero ter a certeza
que posso me entregar também
ao seu corpo.

Lub.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

...

Senti seu cheiro no vácuo
e seu corpo no vento!

Incrível!

Decisão tomada
e agora não é improviso,
foi coisa pensada.
Pode não ser pra vida toda,
mas também não é provisória.
Sigo a mim e a mais nada
Se é egoismo? Pode ser.
Mas de tanto ser usada,
agora uso, é a minha vez.
Se o fluxo vier, que venha.
O vento sopra ao meu favor!
E isso já não é mais latente.
Ao contraio, é exposto a quem
se permitir enxergar.
Ainda espero a mesma coisa,
afinal, não há nada mais
pra se esperar.
Porém, não sentada em um banco só;
e se quiser entender melhor
encaixe as virgulas.
Abro mão do pseudônimo
ou pior heterônimo.
Sou assim e ponto.
Quero mais é um lápis
e um papel,
onde eu possa rabiscar.
Quero mesmo São Paulo para me abrigar.
Quero mais o drama em um palco
e a comédia em minha vida.
Quero mais um sorriso e um abraço.
Seja de quem for. Sendo verdadeiro,
me desfaço, e refaço em seus braços.
Que venha!
Descobri que posso ser livre.
Mesmo estando presa a um olhar.
Vejo o outono em mim
estação que me define.
As regras? Já não preciso mais.
Uso meus passos para me guiar.
Realmente aprendi
que sou a melhor escolha.
A minha melhor companhia.
Se eu precisar virar as costas
e ir embora. Vou.
Olho pra trás mas vou,
mesmo que algumas gotas
caim pelo caminho.
Acho forte demais
dizer que tenho gelo no peito.
Até por que sei que não é isso.
Digo então, que tenho cristal.
Dei um jeito e o fiz resistente.
Mas como todos sabem
não é impossível de quebrar.
Sei que é hora
de tomar muito cuidado.
Não quero estilhaços
espalhados pelo corpo.
Se quiser algo ali,
de um jeito ou de outro
terá que mostrar.
Já não o entrego mais
a qualquer mão.
Ah, minha confusão,
agora, já é outra.
Do ser, passou para qual ser?
E toda aquela historia de fim,
de querer amor sentido,
de querer me entregar totalmente.
"AMAR DE CORPO E ALMA"
Por hora passou.
Pois com certeza não é hora.
Enrola.
Saudade dói, e machuca.
Mas é necessária.
Até para que as coisas
não amornem muito.
E antes, eu achava
que o texto mais incrível,
o que me descreveria,
seria escrito para alguém.
Quem diria.

Ana Luiza.

domingo, 4 de setembro de 2011

Trança Minha

Sem querer um verso
Que a metalinguagem
use-me.

A falta de
palavras certas,
ou até
fatos esquecidos.
Não entenda.

Esconde-se
perto.
Espia!
Olhos de ressaca.

Sangue, calça.
Terracota.
Pétala de papel.
Ou cachecol.

O encanto,
é melodia.
e o passo,
é todo seu.

Não me distraia,
meu bem.
Não agora.

Pois,

com seu sorriso
positivo,
sofro atração.

E acredito
em só uma coisa.
Dias bons.



terça-feira, 30 de agosto de 2011

...

‎"Pensar nele faz com que eu tenha vontade de cuidar de mim mesmo
– então é bom."

Caio F. Abreu

Deixe ele secar... Mas apenas um pouco.

http://www.flickr.com/photos/anja-s/5157687809/in/photostream/lightbox/

Em 3

Ah se fosse antes, meu bem.
Essa fase calma teria nome,
o seu, desespero.
Mas agora o inverno esta acabando.
Me sinto tão aquecida.
Nada me abala por muito tempo.
Bem pouco, na verdade.
Passou.
Tínhamos a consciência de que isso iria acontecer,
eu tinha plena.
Não me surpreende, pois já o esperava,
assim, com olhos de choro.

Já não preciso mais ocupar a cabeça com tantos pensamentos.
Acho que a unica coisa que deveria pensar,
é em fazer o mesmo.
A história não é tão grande assim, ainda.
A cena não precisa ser também.
Atente para o simples, é tão bonito.
Mais claro, direto.

É o que eu acho melhor agora,
sinceramente.
Deixe-me seguir em frente,
nem de um lado, nem de outro.
Em frente.
Só.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Lágrima de imagem derretida

E com as fotos vem os momentos.
Aqueles que passaram e foram agora lembrados de um jeito estranho.

Vira, vira borrão de imagem, vira.
Desfaz a cor dessa foto minha.
Pra que não seja mais lembrado.
Tão pouco esquecido.
Somente guardado,
debaixo de água e tinta.
Vira.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

...

Faço minhas
as suas.
Apetece,
entorpece,
minha pele.
Não cessas,
só pede - mais.
Cético,
toma -perto.
Nós, em pele.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

E quando vens,
se não me mostro
mais tão impaciente,
lembre -se:
é a tua voz que
trás a minha calma.

Luba.
Ai bonito,
pula logo aqui
sem que eu perceba
vem de mansinho
e acalma meu peito
desse pulsar
em ritmo frenético
e constante.

Luba.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

‎"Toca em mi
e desata o nó
em nós.

Sente lá,
o sol .
Dou a volta
volto em ré.

Sente-me aqui,
em si, de novo.
Menor."

Luba.

domingo, 21 de agosto de 2011

O simples esta em uma casa com uma cachorrinha pra fora.

Longe do texto ser poético ou bonito.
Basta ser verdadeiro, como tudo tem sido até agora.
As vezes você e eu um pouco mais afundo, exagerado em nós.
A semana passara bem e rápido.
Pois esse final de semana foi bom e demorado.
E essa sensação é tão certa, que já posso dizer fato.
Diferente dos outros, as conversas mudaram.
Olho no espelho e é tão boa a sensação de me ver em uma versão masculina minha,
com algumas particularidades, claro.
Esse estranho jeito de ser, que de um jeito mais estranho ainda,
liberta-me para ser do jeito que sou.
E não importa como seja. E sim que seja.
E os passos errados que me inspiram.
Meus braços, seu queixo. Fusão. Fugaz.
Como assim? Também não sei. Mas sim, foi.
Foi, como muitas outras coisas não seriam.
Foi, pra dentro de nós e algumas pra longe. Eu disse.
As moedas? Nem falarei delas.
Que um dia elas explodam o cofre, simples assim.

Para tudo! Esquece o mundo.
Sente. O calor do fogo, a água da chuva , o ar no vento e a grama da terra.
Sentiu? Conseguiu esquecer tudo?
Eu esqueci, de um jeito Bonito.




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dança de improviso.

E vamos de improviso, meu bem.
Sobe a boca, dou lhe a face.
Cabelo atras da orelha,
a cor vermelha das bochechas chega antes.
Vamos no descompasso,
essa dança de voltas
engraçadas que eu faço.
Acho tudo tão divertido,
até a hora do impasse.
Corro na frente,
te deixo pra trás,
volto e viro num jogo de corpo.
Dança comigo?
Esses passos tão indefinidos.





domingo, 7 de agosto de 2011

Luba.

Vem branquinha, vem.
Encosta tua cabeça
no meu ombro,
que jogo meu braço
por suas costas.

Vem pequena, vem.
Escuta meus pensamentos,
escuta pelo peito.

Vem linda, vem.
Sente meu cheiro
em suas mãos.
Percebe e descobre,
o seu cheiro em mim.

Vem, vem...
mesmo que depois vá,
no rumo da confusão.
Mas por hora
descansa meus olhos
dos seus.






sábado, 23 de julho de 2011

(Como se fosse um depoimento)

Gostaria que meu corpo fosse feito de areia.
Arei, o vento passa e leva as marcas...
Corpo, o vento passa e provoca o frio.
Quando eu cai daquele cavalo,
a primeira coisa que me veio a cabeça foi:
mais uma ferida eterna.
Resolvi cavalgar aquele dia pra esquecer.
Isso sempre me ajudou.
Mas é apenas uma coisa boba de momento,
não adianta querer fugir.
Há marcas em meu corpo que tem o seu nome.
Essa por exemplo (mostra o furo da orelha) eu fiz com você.
Essa (mostra a cicatriz no braço), eu fiz por você.
Já essa (poe a mão no peito e respira fundo) eu fiz por mim,
quando te entreguei meu corpo.
Algumas o tempo escode... outras já não é questão de tempo.




quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um texto que não começa, e eu espero que nunca acabe!

Já que não sei como começar o texto,
começo pelo fim. Como nossa amizade.
É incrível como me desperta o desejo de te ter por perto.
Não pra falar de mim, e sim pra estar com você.
Queria muito que abrisse os olhos e visse o que eu sou.
Já não me sinto mais aquele monstrinho, realmente acredito que mudei.
E na real? Filho da puta você e sua capacidade de fazer com que suas palavras
virem regras na minha vida.
E vai se foder também, quando faz o meu orgulho se desprender do corpo.
Pega a paz e enfia, quando diz que vai me deixar sossegada.
Realmente me revolta.
Queria muito sentir tudo o que eu disse a você, que já não importa.
Mas é claro que importa, caralho. Eu amo você. Francisco.

O tempo não cura. Mas mostra o que mudou.

As veias em meu punho aparecem como nunca haviam aparecido antes.
Mostram-me que estou viva. Antes, as veias, seriam uma tentação ao meu horror.
Mas hoje eu mudei.
Abra os olhos e enxergue quem quiser.
As preocupações não são iguais.
O peito não dói mais pelo mesmo amor. Obsessivo.
Os atos que me enobrecem e depredam já não são mais os mesmo.
Escute o que lhe digo e só. Já não quero mais falar entre linhas.
Como a minha amoreira que perdeu as folhas e ganhou novas
nas mudanças de estações. Me desfiz e fiz de novo.
O tempo deslocou o incurável dos meus olhos,
minha vista já não se nubla mais, ou talvez bem menos.
Meu corpo também mudou. Consegui emagrecer.
Mas isso não importa tanto quando se olha para o braço e
já não se vê mais as cicatrizes.




domingo, 17 de julho de 2011

"Quis tanto ter você, depois silêncio"

Me enrolei nas voltas dos teus cabelos castanhos.
E mergulhei no verde claro dos teus olhos.
Quis que sua mão tocasse de leve meu peito.
Fiz delas meu aconchego.
Sua boca no meu pescoço.
Respiração ofegante.
Banha-me de suor do teu corpo.
Quase uma cena de amor.
"Quis tanto ter você, depois silêncio".
Agora que acordo do meu sonho.
Vejo que o lugar ao lado ainda esta vago.
Minha cama, do anoitecer ao amanhecer permanece fria.
O molhado do travesseiro,
são apenas lagrimas da noite anterior.
Nosso cheiro nos lençóis.
Tomo doses diárias do teu corpo
ao cheirar sua roupa.
Sabe, aquela camiseta preta e desbotada
que você deixou para traz no dia de chuva.
É com ela que eu atento pra saudade.
Já não me desespero mais.
Me arrepia e gela o corpo as vezes...
nada que algo químico não cure.
Passou a dor, a angustia, o medo...
passou o tempo.
Não passou o amor, nem a espera.
Sempre durmo pensando,
e acordo com vontade.





Meu Erro - Paralamas do Sucesso

"Você diz não saber, o que houve de errado
E o meu erro foi crer, que estar ao seu lado... bastaria
Ah! Meu Deus era tudo que eu queria
Eu dizia o seu nome, não me abandone."

sábado, 16 de julho de 2011

...

Ele me abraçou com força, pra dizer que aquele era o ultimo abraço.
Ele me beijou molhado, pra dizer que aquele era o ultimo beijo.
Ele me acariciou a face, pra dizer "se cuida".
Ele não olhou pra trás, pra dizer não me espere.
Eu disse Eu Te Amo, pra dizer, jamais te esquecerei.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Por favor! Não leia.

E eu torço para que me procure.... menos aqui.
Por que?
Aqui é o único lugar que posso te amar por inteiro. Em segredo. Escrevendo.
A unica fuga nessa cidade tão pequena...
Aqui eu posso dizer EU TE AMO.
Aqui é onde eu reconheço o que isso significa e digo que não sei me expressar.
Onde eu respondo as perguntas...
O que eu quero encontrar? O que eu espero?
Você.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Robótica.

Ter que sorrir quando se tem vontade de chorar.
Ter que fingir pra quem se quer amar.
Ficar mal pro outro ficar bem.
Confiar da noite pro dia,
e ainda ter que abanar o rabo.

...

Amanha não vou ligar
amanha vou esperar ele ligar.
E quando ele ligar vou sorrir.
Vou sorrir e perguntar como foi o seu dia.
Quando ele perguntar do meu, vou dizer que foi bom,
por que eu sei que só isso já vai o satisfazer.
Depois eu vou perguntar se ele comeu, o que ele comeu, o que ele vai fazer,
e se ele perguntar de mim... ele não vai perguntar de mim.
Quando eu desligar, quando eu falar eu te amo bem carinhosamente,
vão cair duas lagrimas dos meus olhos:
uma de tristeza e outra de amor próprio.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Depois de uma caneca de café
e a brasa do meu cigarro,
é a hora de acordar.

Desperta menina
que o dia é longo.
O sol quente lá fora
chama seu corpo para se banhar.

Aquele clima gostoso de fim de tarde,
trás no rosto um meio sorriso.
A praça, meu livro, outro cigarro e o café.
O beijo, o abraço, as costas expostas,
aproveitando o ultimo resquício de fim.

A noite cai, o sono não vem.
O choro, a dor, não me sinto viva.

Boa noite meu amor.
Dorme bem que não acabou,
dorme, dorme que ainda existe amor,
e se ainda existe amor, há uma chance.

sábado, 21 de maio de 2011

168 horas.

Acordo, baqueada,
chegou a segunda,
pega os livros, vai pra escola.

O dia não passa,
as horas são lentas...
segundos, são minutos.
É terça.

Quarta, frustração.
três horas se foram
e a seção de terapia não adiantou.
Chego em casa, cansada,
com fome, sono e suja.

Me perco na hora,
é a quinta feira da semana.
O mesmo filme, a feira.
Tudo tão perto, tudo tão longe.

Hoje é o dia de espera
as 17:00 quase 17:30 , 17:50
da sexta feira.
Ultimo dia do cursinho,
o dia que mais da vontade de não ir.

Por conta de ontem,
hoje o dia começa as 15:00
e acaba as 16:00.
Foi -se outra tarde de sábado.

Hoje é domingo.
Domingo não deveria ser dia.
Deveria ser lembrança,
deveria ser futuro, nostalgia.
É nele que se olha e se chora
a semana que passou,
com ele se olha, e chora,
a semana que está por vir.





segunda-feira, 16 de maio de 2011

Saudades de escrever de corpo e alma!
As formas bonitas, agora tem buracos.
Com os pedaços e as pedras, formou -se um castelo.
Do sólido fez-se o líquido, um riacho.
O riacho passa ao redor, complicado de pular.
Muros enormes, fortes, quase impossíveis de quebrar.
Existe apenas uma porta, e uma chave.
Apenas um caminho, longo, cheio de armadilhas, destino.
A bruxa Dor, insiste em atrapalhar o moço.
"Mas moço, e a princesa?"
Depois de muitas horas gritando seu nome, percebeu:
"Ela não vem..."
Nada adiantaria ficar ali do lado de fora,
aquela era a hora de ir busca-la
mesmo com toda água,o caminho, a Dor e o muro, era hora de tentar.





domingo, 24 de abril de 2011

Todos

Quanto tempo, ein?
Quantos abraços.
Quantos sorrisos.
Quantos beijos.
Quantas lágrimas,
de dor, saudade, emoção.
Quantos pedidos.
Quantas promessas.
Quantos "bigo", "Nhé nhé nhé".
Quantos minutos contados pra 6 horas,
vinte 6 horas.
E o sino... o som, o medo... Eu lembro!
Quantos, Meu amor.
Quanto ao resto,
eu espero.
Quero o resto,
quanto quero a ti,
muito.

24/04/2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Que vontade de escrever, todas as coisas que eu sinto. Quantos "algos" que eu não sei explicar...
tudo acumulado, tudo acomodado, que no final do pensamento já nem tenho mais vontade de falar.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Era!

As vezes eu sinto,
que tudo o que eu vejo,
tudo que escreve é pra mim.
No entanto eu sei,
que já não tenho
mais tanto perfume assim.
Percebo que o que eu fui
já não serei mais,
e quando lembro o que sou pra você,
me esqueço de mudar o verbo e dizer:
eu era.

E se foi..

Ai meu Deus como o vento é bom!
Ele levou e seu foi, levou tudo que eu tinha..

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Manifesto

Ei senhor manifestador,
manifeste o seu amor e se lembre de mim.
Ei senhor que pela causa tomou uma dor,
hoje é o nosso dia, lembra a causa de ter pedido a mim?
Ei senhor, hoje fui passear distrair a cabeça,
espero que quando eu voltar, me receba com flores,
18 rosas com cheiro de jasmim...
Ei senhor, e de seis em seis se faz um ano e meio,
e espero que daqui seis, diga algo pra mim.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Desabafo...

Como é estranho, ou olho as postagens antigas e percebo o quanto eu mudei... como eu me fechei...
Percebi que não sinto mais as mesmas coisas, como eu escrevia coisas dizendo "aquilo"... senti vergonha!
No entanto, não vou apagar... fui eu, sincera... passou...
Bom.. percebi também que faz muito tempo que não tenho o que escrever ou não tenho vontade de faze-lo, nem pra escrever coisas que depois de um ano eu possa me envergonhar... evolução.


Coceirinha

Ria, sorria...
E deixe aquela coceirinha passar!
Levante e sinta, me sinta, olha a brisa no meu ombro, passou, voltou, olhei e ela se foi...
Deixei aquela coceirinha passar...
O aperto, apresso, um beijo seco, o cheiro, os sentidos contra o vento...
Deixa ela passar...
E pelo amor, que corra, que volte, que queria, e sinta e seja, que fique... até passar.


Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...