quarta-feira, 19 de setembro de 2012

caixa branca


as suas coisas estão jogadas no chão.
já já as levo pro caldeirão!
você rasgou?
eu vou queimar!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nunca - A Banda Mais Bonita da Cidade


Nunca, diga não pra mim
Eu não vou poder trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim
Seja sempre assim
Por favor me dê um sinal
Um cartão postal, um aval dizendo assim

'Não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
Entre o não e o sim, só me deixe quando
o lado bom for menor do que o ruim'

Nunca se esconda assim
Eu não vou saber te falar, te explicar que
Eu também me assusto muito
Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais
Que pensam demais
Logo mais, vou correr atrás de ti.

'Não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
Entre o não e o sim, só me deixe quando
O lado bom for menor do que o ruim'

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Eu que fodo com tudo.
Sou eternamente responsável por tudo o que faço.

M.P.

No Rádio - Regina Spektor


É assim que funciona:
Parece um pouco pior
Do que quando dirigimos nosso carro funerário
Bem pelo meio daquela multidão gritando
Enquanto ríamos daquela tempestade
Até que sejamos só ossos
Até que ficasse tão morno
Que nenhum de nós conseguisse dormir
Então todo o isopor
Começou a derreter
Nós tentamos encontrar algumas palavras
Pra ajudar na decadência,
Mas nenhuma delas estava em casa
Dentro de suas catacumbas
Um milhão de abelhas antigas
Começam a picar nossos joelhos,
Enquanto nós estávamos ajoelhados
Rezando pra que aquela doença
Deixasse aqueles que amamos
E nunca mais voltasse

E no rádio,
Nós escutamos "November rain" (chuva de novembro)
O solo é realmente longo
Mas é uma linda música
Nós a escutamos duas vezes,
Porque o DJ estava adormecido.

É assim que funciona:
Você é jovem até não ser mais.
Você ama até não amar mais.
Você tenta até não poder mais.
Você ri até chorar.
Você chora até rir.
E todo mundo deve respirar
Até o último suspiro.

Não, é assim que funciona:
Você procura dentro de você
Você pega as coisas de que gosta
E tenta amar as coisas que pegou
E então você pega todo esse amor que você fez
E crava em alguém
No coração de outro alguém
Bombeando o sangue de outro alguém.
E andando de braços dados
Você espera que ele não se machuque,
Mas mesmo se isso acontecer
Você simplesmente vai fazer tudo de novo.

E no rádio
Você escuta "November rain"
Aquele solo é terrivelmente longo
Mas é um bom refrão
Você escuta a música duas vezes
Porque o DJ adormeceu
No rádio

domingo, 16 de setembro de 2012

Ainda sem título

Acordei com um meio sorriso lindo no rosto.
Com o cabelo bagunçado e a maquiagem toda no travesseiro.
Com a garganta doendo e quase sem voz.
Acordei ainda de olhos fechados... Nem quis levantar.
Fiquei assim boa parte da manhã.
Olhei no celular... 
Eu queria ver alguma mensagem, 
uma ligação perdida,
uma ligação atendida de madrugada que eu não me lembrava. 
Mas na verdade lá só tinha a hora. Meio dia.
Eu não queria escrever, não queria chorar,
não queria sair, não queria viajar, não queria ensaiar
e por fim não queria nem sorrir. 
Mas nos dias atuais não fazer nada disso é quase impossível.

Engasguei. Mais que isso. Há um pedaço de "coisa" que me sufoca.
"-Levanta a mão pra cima.
- Passou?"



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Meg


Depois de dias sem deixar o sol entrar, resolvi essa manhã banhar meu quarto de luz. Abri a janela. 
O dia estava claro um pouco nublado. Senti o ar entrar e esperei alguns minutos... 
Olhei para o jardim, vi os galhos secos da minha amoreira que foi cortada mês passado, a grama já esta crescendo e não tem mais nenhum papelão molhado, espalhado. 
Sinto falta de escutar o barulho do papelão correndo pelo quintal nas noites de vento. 
Me apoiei pela janela mais alguns minutos. 
Observei que as flores de seu tumulo foram levadas pelas formigas... pobrezinhas. 

Ela não vem. 
Meu coração palpita, a minha flor mais bonita, murchou... 
Que tristeza, a minha flor mais querida, minha menina. 
Agora é hora de fechar a janela e abrir a porta, pois o tempo passa. 
                          Tum... Tum... Tum... Um... m...

Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...