quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Que você
esquente
sem pudor
essa cama
vazia.

G. rs
"Não tenho mais um amigo que me supra a necessidade de falar, acabo contando tudo pra todos na tentativa de fazer secar o que eu sinto. Mas não seca.
E acabo me ferrando por isso, acabo confiando nas pessoas erradas e me decepcionando depois. Ou então, em qualquer oportunidade, vejo uma ponta de esperança e vou.
Mas depois, acabo me fodendo de novo, por que nao passava de nada. De alguém que devia virar nada. E entro em desespero, como ontem, que me vejo dando um passo atras nos sentimentos, sendo fraca. Madura de menos.
Resumindo. Em meio a tanta gente. Me sinto sozinha."

Desabafo ao Vitor.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meio Passo Atrás

‎"Hoje eu me permito
Só hoje.
As 3 horas da manhã
por 15 minutos
Me afogar em pranto
para que amanhã
nasça em Fênix."

A.

Relato a Gravidez

Ah... a tanto tempo te esperei
tantas vezes pedia que viesse
que me fizesse adulta, maior.
Sentir-me assim, menina.
Aí, um dia, chegou
tão feliz fiquei, mal cabia em mim,
sabia que seria diferente daqui pra frente.
Imaginei.
Porém, esse dia foi estranho,
era tudo diferente, algo novo em mim
nunca havia sentido essa sensação antes.
Que demora!
Te espero mais um pouco,
até meio assustada com o atraso.
Será?
Não, não pode ser.
Fui até o médico,
mas esse disse que estava tudo bem.
Então, por que a demora?
Hoje, pela manhã, a cor volta em mim,
nos lençóis.
Escorreu entre as minhas pernas... Oh felicidade.
Sangue.

Autora: Aline Pinheiro

"No começo foi estranho, fiquei super mal.
Não entendia por que e como tudo havia acabado.
Me enfiei em um luto, só meu. Nada mais fazia sentido. Senti como se tivesse perdido tudo o que tinha. E que não haveria mais futuro.
Mais com o tempo percebi que me ganhei em te perder. Me redescobri, conheci coisas novas, amadureci.
Hoje não aposto meu futuro em mais ninguém, só vivo agora. Discerni que ninguém é seu tudo a não ser você mesmo."

domingo, 25 de setembro de 2011

‎Se "dar um tempo" é um risco
e o risco é saber que, talvez,
você possa não voltar.
Logo sabendo que existe o risco
no tempo e ainda assim o faço.
Significa que já não me importo tanto.

A.

sábado, 24 de setembro de 2011

Dois

- Tchau.
Mas desse jeito assim?
- É, ué.
Não vai me dar mais nenhum beijo, nenhum abraço?
- Não.
Por que?
- Cansei.
De mim?
- De tudo.
E vai pra onde?
- Não importa.
Não quer mais saber de mim, se estou bem?
- Não. E principalmente não quero que saiba de mim.
Mas e se eu te procurar?
- Fique a vontade.
Mesmo assim não volta?
- Não.
Eu posso mudar.
- Seria ótimo.
Então?
- Então o que?
Ai você volta?
- Volto. E digo que não conseguiu.

Inspiração

Sem inspiração.
Já não é hora de
escrever por técnica
estudo, sem precisar
sentir tanto. Tudo?
Mas como faz alguém
como eu, que sente
e não tem medo?
Sente até a falta
de inspiração para
nisso se inspirar...
E um dia, se o verbo
sentir não for mais meu?
E se sentir for aspirar
inspiração tua?
Será que empresta
um pouco de si?
Para que eu sinta
um pouco de mim - em mim.

Desconserto

Ai menino...
quero-te perto, mas
não tanto mais. Quero-te
longe dos meus sentimentos, que não me
atente mais para angustia da sua espera... não mais.

Já espero não perceber mais as seis horas...
desconfiguração, confusão. Perece
que o sistema entra em pane, e você, meu conserto,
se foi. Mas será que ainda quero que cuide
de mim? Será que ainda consigo entregar essa máquina
a ti?
Ah menino...

Antes do tempo Passar

Eu ainda sinto
e sinto muito.
A volta do anel
no segundo dedo.
O nó, o laço, a corda
do peito. E aperta.

Eu sinto, a falta da
memória do cheiro.
A mão no peito.
O peito nas costas.
As minhas costas.

Eu penso, seu jeito
eu quero seu desejo
Mas qual desejo agora?
O seu, o meu...

E peço que volte
e diga que vá embora.
O simplesmente volte.
Para que eu não espere mais.

...

Se é verdade
que eu quero
ser par em dança?
É.
Mas fique sabendo
que o meu solo
também é muito bom!

Eu quero mais

Eu quero mais...

Eu quero mais grama na roupa, quero mais corpo embaixo do meu.
Eu quero mais, poder fechar os olhos e sentir você, só você.
Eu quero mais, a terra, a água, o ar, eu quero mais fogo.
Eu quero mais tempo, quero mais escolhas.
Eu quero mais confusão em seus braços.
Eu quero outros passos, outros giros, vai e volta.
Eu quero mais desejo guardado.
Eu quero mais a fuga que se faz fugaz.
Eu quero mais manhã sem sol.
Eu quero mais café no fim da tarde.
Eu quero mais esquinas, calçadas, árvores, chão.
Eu quero mais bonito, o dia ao seu lado.

Mas eu quero, além de tudo, não querer mais nada.
Eu quero que venha o que vier, assim como foi até agora.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Agora entendo como era.
Entendo os medos... a confusão.
Por que tê-los.
Pois o inverno cessa.

S. Forciscina

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Saliva Veneno

Ao cruzar lentamente suas pernas,
com manipulado desejo súbito de sedução
um pequeno pedaço branco de pano
ficava sem pretensão a vista do cavalheiro.

As noites em claro, os dias de branco.
Parecia uma das mais dedicadas beatas da cidade.
Parecia.

Vestido branco, sapatilha, coque nos cabelos,
luvas de renda nas mãos, echarpe, cinta liga.
Assim se vestia a moça, pura, puta, mundana.
Perfil de menina, donzela virgem. Olhar singelo,
voz calma, saliva veneno.

Há quem diga ser uma das mais puras;
Há quem fale a verdade,
verdade demais, a mais.

Misteriosa, dos seus segredos mal sabem,
os que sabem ainda desconfiam. Omissos.
Mas quem se importa?
Sua vida há tempos ergue-se torta.

Todos os dias após a missa,
a luxúria é seu pecado capital.
Deita-se a cama com mais de cem,
que ao irem embora, levam no corpo
um cheio de carvalho.

Pobres donas de casa, enganadas por seus maridos
que usavam - como diziam - o orvalho da noite
como forma de inspiração e energia.

Aquela moça, que ninguém sabe ao certo o que ama;
gosta que em beijo, a engulam
gosta que em aperto, a excitem
gosta que em parede, a joguem
e que em sexo, a amem.

Um dia, alguém, há de chegar e dizer:
- Cuidado, pode estrangular-se em sua própria echarpe.


F. Vênus
Olhando as frases antigas
que nem tão antigas são assim
escorre uma gota dos meus olhos
meio que pedindo que volte pra mim.

Sophia Forciscina.
E o tempo?
Esse foi o que passou mais rapido.
Me deixou apenas com a vontade de dizer,
o que não disse por falta de tempo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Meia face

Será você?
Meia face.
E nessa minha mania
de falar demais
pensei:
Por que correr?
O que eu ia fazer?
O que eu ia te dizer?
Que te quero,
e te espero,
todos os dias.
E te gosto,
muito.
Não.
Só iria olhar de longe.
E contemplar-te-ia.
Só.
Com boca só.
Com mão só.
Com corpo só.
Com os olhos só.
Era tudo o que eu queria.

sábado, 17 de setembro de 2011

"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Fernando Sabino.

Hábitos antigos....

Uma vez me disseram
que eras um príncipe.
Estava a esperar...
mas agora, não mais.

Me disseram que
eras certo da vossa
vontade.
Ja não sei...

Do mesmo jeito que
não começou...
Não acabou.
Não há o que acabar.

Mas hoje, uma lágrima
teima em querer cair,
não deixo.
Percebo assim
o quanto cresci.
E me desvencilhei
de hábitos antigos.

Eu não queria nada,
mas agora quero.
Compreendeste?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

...

E quem sabe se a história de amor não é a de vocês.

Desenrola!

Desenrola
menina
da perna
torta.

Desenrola
e deixa
o sangue
escorrer
pelo
tecido
longo e
branco.

Desenrola
boneca
de pano
esquecida
em um canto.

Desenrola
ao som
da orquestra
que chama
os instrumentos
que contemplam
sua dança.

Desenrola
bailarina
delicada
a plateia
já pode
ver
os riscos
em seus
braços.

Desenrola
essa cara
de pranto
aguenta
firme
menina.

Desenrola.
Se não
atrofia.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Para Rosangela Oliveira.

"A doce ingenuidade da menina
com seus cabelos lisos esparramados pelos ombros.
Uma faixa prendia, um tanto desarrumada...
o olhar daquela menina.
Atenta, fico a pensar onde esta sua cabeça com esse olhar?
Um perfil doce, ar de "molecadisse" que se espalha
e atinge, me atingiu.
Alma boa, energia que contagia.
Impossível não perceber a sua presença
mesmo que em um ambiente tão grande."

Ana Luiza

Fernando Pessoa

"Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta."

Quero.

Quero um olhar de longe
que admire o enrolar das
minhas tranças,
e que por um instante
saia de si
entrando em mim.

Quero um olhar perdido
que busque em mim seu encontro,
sem misturar as estações.

Quero seu cansaço e
que descanse em meus ombros...
A qualquer hora.

Quero que se entregue também,
a ingenuidade da menina, doce.
Pois quero ter a certeza
que posso me entregar também
ao seu corpo.

Lub.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

...

Senti seu cheiro no vácuo
e seu corpo no vento!

Incrível!

Decisão tomada
e agora não é improviso,
foi coisa pensada.
Pode não ser pra vida toda,
mas também não é provisória.
Sigo a mim e a mais nada
Se é egoismo? Pode ser.
Mas de tanto ser usada,
agora uso, é a minha vez.
Se o fluxo vier, que venha.
O vento sopra ao meu favor!
E isso já não é mais latente.
Ao contraio, é exposto a quem
se permitir enxergar.
Ainda espero a mesma coisa,
afinal, não há nada mais
pra se esperar.
Porém, não sentada em um banco só;
e se quiser entender melhor
encaixe as virgulas.
Abro mão do pseudônimo
ou pior heterônimo.
Sou assim e ponto.
Quero mais é um lápis
e um papel,
onde eu possa rabiscar.
Quero mesmo São Paulo para me abrigar.
Quero mais o drama em um palco
e a comédia em minha vida.
Quero mais um sorriso e um abraço.
Seja de quem for. Sendo verdadeiro,
me desfaço, e refaço em seus braços.
Que venha!
Descobri que posso ser livre.
Mesmo estando presa a um olhar.
Vejo o outono em mim
estação que me define.
As regras? Já não preciso mais.
Uso meus passos para me guiar.
Realmente aprendi
que sou a melhor escolha.
A minha melhor companhia.
Se eu precisar virar as costas
e ir embora. Vou.
Olho pra trás mas vou,
mesmo que algumas gotas
caim pelo caminho.
Acho forte demais
dizer que tenho gelo no peito.
Até por que sei que não é isso.
Digo então, que tenho cristal.
Dei um jeito e o fiz resistente.
Mas como todos sabem
não é impossível de quebrar.
Sei que é hora
de tomar muito cuidado.
Não quero estilhaços
espalhados pelo corpo.
Se quiser algo ali,
de um jeito ou de outro
terá que mostrar.
Já não o entrego mais
a qualquer mão.
Ah, minha confusão,
agora, já é outra.
Do ser, passou para qual ser?
E toda aquela historia de fim,
de querer amor sentido,
de querer me entregar totalmente.
"AMAR DE CORPO E ALMA"
Por hora passou.
Pois com certeza não é hora.
Enrola.
Saudade dói, e machuca.
Mas é necessária.
Até para que as coisas
não amornem muito.
E antes, eu achava
que o texto mais incrível,
o que me descreveria,
seria escrito para alguém.
Quem diria.

Ana Luiza.

domingo, 4 de setembro de 2011

Trança Minha

Sem querer um verso
Que a metalinguagem
use-me.

A falta de
palavras certas,
ou até
fatos esquecidos.
Não entenda.

Esconde-se
perto.
Espia!
Olhos de ressaca.

Sangue, calça.
Terracota.
Pétala de papel.
Ou cachecol.

O encanto,
é melodia.
e o passo,
é todo seu.

Não me distraia,
meu bem.
Não agora.

Pois,

com seu sorriso
positivo,
sofro atração.

E acredito
em só uma coisa.
Dias bons.



Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...