quarta-feira, 20 de maio de 2015

Confundindo os dias

Hoje eu cheguei em casa e senti que era domingo
Mas não teve feira, nem comida mineira.
Não teve sofá, muito menos colchão no chão
Qualquer filme na televisão.
Hoje cai no vicio.
Precisei acender um cigarro.
A Lua, como eu, estava um pouco turva
Com uma neblina cinza que cobre todo o brilho...
Aos poucos, bem lento, o vento passou
Empurrou uma lágrima, mas secou
Empurrou a nuvem da lua
E então, me dei conta que não...
Hoje é quarta feira.

Sobre os domingos passados

Encosto uma escada na nuvem mais alta
com um pouco de café e tabaco
lembro dos domingos que era você que eu queria do lado.

Escada de terra em nuvem de chuva.
Subo por degraus duplos
Nuvem é olimpo, terra vira ades.
E eu, deslizo no meio do caminho.

Entre sonho e sensação
Dureza, fraqueza, opção.
Me distribuo entre a vontade e o poder.

Como se lida com chão que não se pisa?
Como se desdobra e assopra brisa que vai e volta?

Tudo tão impalpável, tão confuso e desajeitado. 
Que segunda feira é o que firma, abre os os olhos, menina.
VIVE, volta, pra rotina. 

Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...