segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um garoto da praça

Uma praça de ponta a ponta.
No olhar, de longe fixou em mim sua imagem.
O cabelo comprido, um jeito bronco, fechado... só no jeito.
Parecia.
Ver-te equilibrar-se pelo chão, demostrou-me a camuflagem que tem.
Garoto, peralta.
Não consigo detalhar o movimento dos cabelos, os seus, suas mãos,
posso até dizer que em um minuto o meus mundo ia e voltava com o balanço do cabelo.
Por pura insistência, uma ideia de atravessar a praça me saltava os olhos.
Mas o que dizer? Senti vergonha. Logo eu, tão destemida.
Não fui. Olhei um pouco mais de longe. Te contemplava e como. Até eu duvidava.

_Olá. - Um susto, alguém me chamava.
(volta, Ana)

Uma pena depois descobrir que tinha cara de cu.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quando o ato de falar é substituído pelo ato de escrever, parece que são atos diferentes... Se é que me entende.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Liberte-se(me)


Me tapa os olhos e ensurdece os ouvidos.
De onde vem o que eu sinto? Já não me cabe mais.
Irresponsável por isso eu sou.
Liberdade.
Tem asas, pés, cheiro e cor.
- Podemos juntos, até desenhar o céu.
Feito passarinho.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Reencarnação de Afrodite


Nos Tropeços da vida: você.
Algo fascinante que todos deveriam conhecer
Um corpo de leitura indispensável
Um cotidiano de curvas paralelas
Incomum a todos.

És o que procuro,
És de uma riqueza e espontaneidade
Que não me cabe descrever
Me maravilho em ti
Ápice de beleza e feminilidade

Na verdade eu a adoraria
Por longo tempo
Inspira-me,
Como Monalisa inspirou
O apaixonado Da Vinci
Ao pintá-la.

A mulher inatingível,
Inalcançável que não sai
do cristalino dos meus olhos.
Um brilho nato.

Me pego no complexo da existência
Por amar tanto
E torno-me personagem de mim mesmo.

És uma realidade distante da do personagem
E o dia em que nada for
Perco a razão de existir.

Penso que as pessoas a sua volta
Apenas são expectadoras de sua existência
Sem você nada são.
Será que sou algo?

Peço perdão por chegar
onde não quer que eu chegue
mas não evito de pensar
em um dia ser
o legitimado a mostrar-lhe
que os outros
são apenas coadjuvantes.

E a hora passa e não te verei mais
E quando partir tudo se perde pra mim
E pra você, sinto que o meu tudo é muito pouco.


“Há algo que sinto quando olho para o oeste
E meu espírito chora ao partir
Em meus pensamentos tenho visto anéis de fumaça atravessando as árvores
E as vozes daqueles que ficam parados olhando
Isto me faz pensar.”
- Será que ela existe?
Quem será ela?
Uma atriz
Uma poetisa
Uma Deusa
Uma musa

Meu norte, desnorteia – me
Então, compro uma escada para o paraíso
Viro súdito
E me entrego para que guarda-me em seu bolso.

Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...