domingo, 17 de julho de 2011

"Quis tanto ter você, depois silêncio"

Me enrolei nas voltas dos teus cabelos castanhos.
E mergulhei no verde claro dos teus olhos.
Quis que sua mão tocasse de leve meu peito.
Fiz delas meu aconchego.
Sua boca no meu pescoço.
Respiração ofegante.
Banha-me de suor do teu corpo.
Quase uma cena de amor.
"Quis tanto ter você, depois silêncio".
Agora que acordo do meu sonho.
Vejo que o lugar ao lado ainda esta vago.
Minha cama, do anoitecer ao amanhecer permanece fria.
O molhado do travesseiro,
são apenas lagrimas da noite anterior.
Nosso cheiro nos lençóis.
Tomo doses diárias do teu corpo
ao cheirar sua roupa.
Sabe, aquela camiseta preta e desbotada
que você deixou para traz no dia de chuva.
É com ela que eu atento pra saudade.
Já não me desespero mais.
Me arrepia e gela o corpo as vezes...
nada que algo químico não cure.
Passou a dor, a angustia, o medo...
passou o tempo.
Não passou o amor, nem a espera.
Sempre durmo pensando,
e acordo com vontade.





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