segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um garoto da praça

Uma praça de ponta a ponta.
No olhar, de longe fixou em mim sua imagem.
O cabelo comprido, um jeito bronco, fechado... só no jeito.
Parecia.
Ver-te equilibrar-se pelo chão, demostrou-me a camuflagem que tem.
Garoto, peralta.
Não consigo detalhar o movimento dos cabelos, os seus, suas mãos,
posso até dizer que em um minuto o meus mundo ia e voltava com o balanço do cabelo.
Por pura insistência, uma ideia de atravessar a praça me saltava os olhos.
Mas o que dizer? Senti vergonha. Logo eu, tão destemida.
Não fui. Olhei um pouco mais de longe. Te contemplava e como. Até eu duvidava.

_Olá. - Um susto, alguém me chamava.
(volta, Ana)

Uma pena depois descobrir que tinha cara de cu.

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