segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cicatriz

Fortes e profundas, 
essas são as marcas que restaram
Do dia em que nossos 
corpos foram separados.
São essas as mais lindas, 
as de lembrança boa, 
engraçada ou até mesmo ruim
Marcas que o tempo não apaga. 
Vermelhas e brancas. 
Combinam até hoje 
com a cor da pele e o verde dos olhos.
Essas, que mesmo depois de esquecidas,
 fiz questão de querer cuidar...
As que ocupam sua testa, 
seu braço, meus braços...
As que ainda doem quando 
eu insisto em passar a mão, 
só pra poder lembrar.
E depois esquecer novamente, 
por que como todo machucado, 
logo em seguida, 
vem outra pele pra poder curar.



Duas semanas sem Alimento

Eu sinto sua falta, meu amor.

E isso me bastaria, ao olhar seus olhos e poder dizer:
Vim aqui pra falar que sou uma tola,
que já não adianta fugir,
que já não adianta esconder;

Jaz aqui essas lagrimas que insistem em
pleno solo penetrar.
Venho meio sem coragem,
venho com a voz do coração
dizer que minha razão ficou louca
e por ti abriu mão.

Mas eu sustento minha dor
alimento- me nas fotos em que vou te procurar
pra saber qualquer resquício de fim
desse amor que ainda existe em ti
por mim.

Pois o medo da verdade
dói mais que o medo de te perder.






Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...