quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Algum Lugar, Um Dia, Naquele Banco, Da Velha Praça...

Tentando um meio de se esconder em um dos bancos daquela praça, procurando na ilusão uma resposta do porque de você ainda estar ali,

Olhando teus olhos, uma viagem sem fim, ou ao menos um fim que ainda não podia ver. Altas conversas, alguns lances de papos passado, algumas perguntas contraditórias, sem sentido algum, uma lembrança que restou, de um banco de praça, de um fogo que deve virar brasa.

Se eu olhar pra trás, em meio a essa grande pequena cidade não há lugar algum que eu possa encontrar que não venha uma lembrança boa sua me perturbar. Ficou na memória aquela pequena escola, um banco o qual a primeira vez pude estar, um pátio todo, aquela rua, aquele curso o qual sonhei em varias vezes o esperar, o caminho imaginário da floresta encantada, o banco da velha praça, uma rampa que um dia me fez pegar nos braços, proporcionou momentos de doces abraços, carinho apertado, afeto sem fim, beijos gostosos, beijos roubados, demorados, esperados, procurados, levemente sonhados, e por fim realizados.

Andar por lá se tornava impossível, olhar ao lado e nos ver sentados, era inevitável, fugir do medo de passar por ali também; ironicamente acreditar que havia esperanças naquele lugar,mostrando aquele amor, e agora por ora se fechar, por lembrar, uma armadura no coração colocar, como se a cada banco de praça ficasse um capitulo, uma pagina da minha historia, uma migalha de amor deixado ali, esquecido por você, perdido por mim e lembrado a cada vez que ali olhar, e dentro do peito, sem muito sentido algo atormentar, nessa hora, é a hora de abrir os olhos colocar os pés no chão e tentar reconhecer que realmente acabou, mas é nessa hora que eu fecho os olhos e penso que existiu aquele momento que hoje por você se apagou, fecho os olhos mais pra sentir novamente aquela boa estranha sensação em que um dia me deixou, mas ai me perco, de olhos fechados saio do chão e vôo alto, passeio pelas ruas da cidade, procurando, lembrando e até mesmo chorando... vendo os lugares que estivemos, como se fosse algo viciante, fazendo a sensação ser tão boa, deixando de lado as coisas ruins. Procuro lembrar de você como se fosse algo perfeito que se passou por mim, como se estar com você a cada minuto tivesse sido lindo e maravilhoso, mas agora seria incapaz de pensar algum minuto que realmente não foi. Dor passa e os momentos já passaram o amor um dia acaba, e esse coração vai se reconstituir, mas coisas materiais seriam impossíveis sumir, pois da minha memória nada se apaga, tudo se conserva, mas o que dói permanece intacto, são as lembranças; resta fazer agora realmente, as palavras que basta querer para serem ouvidas, as lembranças, o amor, a saudade, o beijo, o abraço, o cheiro, os lugares, os olhares...virarem brasa, para por fim se tornarem cinzas.

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