segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ninguém vive do Passado

Uma cena de filme...

Está quente.

Uma única mão pra ajudar, e duas pedindo socorro.

O amor passado de uma vida e o possível futuro feliz.

O risco de um estupro.

Quem escolher?

A cena fica lenta...

O homem escolhe o futuro...

...o passado chora.

Foco no passado.

No ritmo do estupro o olhar é triste.

O olho abre e fecha a cada vez que o estuprador...

Mete, mete em tudo o que se pode meter em sua vida.

O homem não tinha escolha, ou era uma ou outra.

Acaricia o presente com medo de o perder.

Olha para o passado com dó, mas não luta para mudar...

Já não vale mais a pena correr atrás.

Aconteceu.

O passado olha os carinhos para o futuro.

O estupro já não é nada comparado a decepção que demonstra no olhar...

Já nem chora.

Dói... mas não se sabe o que.

O estuprador some.

O homem não se arrepende, mas de alguma forma tenta consolar...

O passado vira as costas...

Vai embora.

Com a face louca.

Já não há o que pensar...

Silêncio.

O homem levanta, abraça o futuro e segue em frente...

Como se nada tivesse acontecido.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...