terça-feira, 8 de janeiro de 2013

II

Fui lá e olhei mesmo,
todas as páginas 
daquele diário.
Dei toda cara a bater.
O corpo, as costas, tudo.
Com toda raiva contida.
Sentei com calma
cheirei, peguei, apertei e sorri.
Está tudo aqui guardado
por que nunca vai ter fim.
Nada nunca tem fim. 
Não no fim dos olhos,
no fim do peito,
no fim do tempo.
Nada tem fim. 
Tem o mute, ou pause e o play.
Mas não aquele final feliz.
E foi por isso que eu voltei
e revirei. 
O peito, os olhos, o quadro e o porão.
Pra poder conversar sem som algum
do por que de tudo isso. 

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