Durmo na concha do seu travesseiro
Ainda do lado esquerdo
Com ninho desfeito
Suada de pesadelo
No mapa pregado só há um X marcado.
Nossos passos estagnaram
Os corpos, só ali descansaram
Em um único dia de sol.
A saudade habita no pensamento
cada lugar que os pés nunca passaram,
passarão.
As roupas do cabide direito
A cama do lado direito
O armário do lado direito
O anel na mão...
O branco no peito
O branco do seio
dos pés, dos dedos
O branco da pele de neve
A concha que torna rolar a janela
O vinho que é derramado no chão
O cheiro das roupas listradas
(usadas por tanto tempo)
O quadro pregado
Os olhos pregados
O inverno pregado
Todos os dias em suspensão
Tomo cuidado com as palavras
Peço paz a deus
Sabedoria ao tempo
E muita luz,
pra todos os tuneis.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
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