Deixo o rosa de lado,
como um amor qualquer.
O vermelho só me trás
a paixão fugas.
O verde da saúde
mas eu não vou parar de fumar.
Do amarelo, quero mais
só preciso das notas de cem.
Azul cor do céu,
e lá não quero chegar.
Preto de proteção,
já não me sinto atingida.
Branco deixo em paz,
paz demais não ajuda ninguém.
Pra não haver briga entre as cores,
passarei o ano nua.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Em Ferradura
cinco de ouro
o imperador
o imperador
cinco de paus
a imperatriz
quatro de copas
a morte
cinco de paus
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
meu Amor minha Amoreira
Evitar a amoreira é praticamente inevitável.
É olhar para o portão e não ver você chegar.
é pensar no futuro quando esse lar eu deixar
e tentar dizer adeus, pra terra em que foi enterrada.
Vinda dela, de volta nela.
É pisar na grama em que um dia dormiu
e pensar que foi nela que dormiu para sempre.
é pensar que das minha janela já não vou te chamar
é de cortar o coração quando corto o cambará
É olhar pra trás e ver o dia de chuva que do bueiro te tirei
é lembrar da escolha, ou a menina ou a mãe
é lembrar dos seus primeiros momentos de vida
e tentar esquecer seus últimos momentos de morte
É desvencilhar-me dos seus nomes
das suas partes
dos olhares
É tentar chegar em casa, e toda vez logo de cara não sentir sua falta
é virar rotina até lembrar que nesse jardim não tem mais vida
e definir os tons de cinza
É difícil lembrar do gosto da amora,
meu amor.
É olhar para o portão e não ver você chegar.
é pensar no futuro quando esse lar eu deixar
e tentar dizer adeus, pra terra em que foi enterrada.
Vinda dela, de volta nela.
É pisar na grama em que um dia dormiu
e pensar que foi nela que dormiu para sempre.
é pensar que das minha janela já não vou te chamar
é de cortar o coração quando corto o cambará
É olhar pra trás e ver o dia de chuva que do bueiro te tirei
é lembrar da escolha, ou a menina ou a mãe
é lembrar dos seus primeiros momentos de vida
e tentar esquecer seus últimos momentos de morte
É desvencilhar-me dos seus nomes
das suas partes
dos olhares
É tentar chegar em casa, e toda vez logo de cara não sentir sua falta
é virar rotina até lembrar que nesse jardim não tem mais vida
e definir os tons de cinza
É difícil lembrar do gosto da amora,
meu amor.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Por de trás do Retrovisor
Ver fragmentos do seu rosto,
e imaginar cada traço dos seus olhos.
Sentir o arrepiar do seu corpo
com o tocar dos meus dedos
dançando por sua nuca
Antes do Pôr do Sol
Na espera o desejo.
O meu sorriso gela
e desapega
da sua boca cética.
A pele em pele,
despela seus pelos
de mim.
No acordar do desprezo
pela noite sem fim.
Há tarde de chuva
e literatura.
Sua mão rela meu corpo.
Selva de sensações.
E no desabrochar dessa semana,
o coração almeja
e o cabelo salta.
Feito descabelada.
O beijo suave de tchau,
leva com a chuva,
nossa companhia.
O inacreditavel,
irreal,
tornou se fim.
F. D. U.
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