segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Enquanto o corpo vaza
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Daqui quinze anos
domingo, 23 de outubro de 2011
Nenis
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
...
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Nostálgico (não terminado)
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Oração
Piscar o Olho
Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim
O tempo foi passando
E o nosso amor saiu do chão
E eu fiquei tão grande
E mastiguei meu coração
Dessa vez não tive medo
Mesmo assim não disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei o que é melhor pra mim
(...)
No meio da euforia
Aquele alguém me protegia
Mas não foi por acaso
Que o encanto se quebrou
O tempo foi gastando
O que não era pra durar
Como se eu soubesse
Não era amor pra todo dia
Dessa vez eu tive medo
Mesmo assim eu disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei que foi melhor assim
(...)
Ás vezes é mais saudável chegar ao fim
Chegar ao fim
Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao fim
Tiê
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Palavras tortas
O tempo passou, acordar de manhã já não é mais a mesma coisa.
Lembro que o café cheirava logo cedo, forte. Impregnava pela casa o cheiro de pão fresco. Um na cozinha, outro no banheiro. E como bem sabem, eu ficava na cama esperando o café e o beijo de despedida. Ainda não era hora de despertar.
Após a despedida, a casa era toda nossa, só. A tarde toda. Ao som de Maria que toca no radio, hoje, nesse apartamento vazio, lembro de como nos divertíamos. Como era bom dormir sempre por mais cinco minutos com você. Os vários filmes que podíamos assistir em uma tarde. Os livros que liamos juntos. Cigarros. Ah que saudade.
Nunca estava sozinha, apenas das 6h30 ás 7h30 quando um saía e o outro chegava. Era a pior hora do dia, me sentia desamparada.
Preparar o jantar com você, era uma diversão durante a noite. Preferencialmente comida vegetariana. O seu cheiro, que com toda poluição, todo dia de trabalho nessa cidade, ainda permanecia como de manhã. Sentávamos no sofá, com a televisão ligada em qualquer jornal, e ficávamos conversando. Ao som de Raul, fazíamos nossas próprias festas de fim de noite. Era tudo tão bom. Outro cigarro.
Pena que de repente, algo começou a mudar entre nós.
A cada dia que passava, o sentimento de desapego se desapegava mais de nossos corpos.
Tínhamos nos fundido, os três. Eu já não podia deixar de amar.
Não amava menos, nem amava diferente, amava muito, e como, vocês.
Acontece que quanto mais se falava, mais a palavra tomava um rumo diferente.
A situação era estável enquanto não existia amor, quem dera soubesse amar em segredo.
Agora me pego aqui, com sono, a tv ligada em qualquer jornal, Maria no radio, café, cigarro. Em um apartamento só, com a cama sozinha, vaga, duas vagas.
Saudade de vocês.
Tem um choro de colo que é guardado, todo seu. Um pedido, perdido, desculpa esquecida, arrependimento acomodado, lavado de choro, empurra...
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Hoje eu cheguei em casa e senti que era domingo Mas não teve feira, nem comida mineira. Não teve sofá, muito menos colchão no chão Qualq...